CHRISTINE DE PIZAN – QUESTÕES EPISTEMOLÓGICAS E AUTORIDADE PERFORMATIVA

Janyne Sattler

Resumo


Sob uma perspectiva filosófica, este artigo trata de um aspecto político-epistemológico presente em duas obras de Pizan – A Cidade das damas e o Espelho de Cristina – guiado por uma leitura epistemológica contemporânea e consentânea às reivindicações feministas de autoridade epistêmica. Os elementos centrais para uma afirmação de autoridade cognitiva são elementos que compõem também seus argumentos típicos em prol da racionalidade, da virtude e das capacidades intelectuais das mulheres – os exempla, argumentos de autoridade, argumentos educacionais igualitários, e composições persuasivas de imagens. Para além destes, proponho também a performatividade que é ensejada por sua própria condição autoral, literária e filosófica, como a peça-chave para a compreensão da construção da autoridade cognitiva christiniana como autoridade epistêmica cuja significação e atualidade enquadram-se no escopo do que hoje chamamos de epistemologia feminista.

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Signum Revista da ABREM (ISSN 2177-7306) - Associação Brasileira de Estudos Medievais